Alguém chama

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        A gente corre tanto! Atualmente, até o nosso tempo para lazer é apressado. Já notou? Acho que, por causa disso, acumulamos tantas coisas sobre nós a serem ditas que, quando encontramos com o outro, acabamos por só querer falar. Poucos são os que preferem ouvir... E, na verdade, infelizmente, isso também acontece na nossa relação com Deus: a gente só fala e ainda reclama que Ele não nos responde. Mas será verdade? Ou será que nós é que não estamos dispostos a ouvir e a aprender a discernir a Sua voz?
        A liturgia de hoje nos apresenta o menino Samuel, que ouve alguém o chamar, durante a noite, mas não imagina que possa ser o Senhor. Orientado por Eli sobre como responder ao chamado, ele, então, passa a se relacionar com Deus. O curioso é que o menino precisa apenas aprender a ouvir, para estar sempre com Deus e bem realizar sua vocação de profeta. Note:
        “Volta a deitar-te e, se alguém te chamar, responderás: ‘Senhor, fala, que teu servo escuta!’” I Sm 3,8b
        Nós não somos diferentes de Samuel: também precisamos aprender a ouvir o Senhor. Mas, às vezes, tenho a sensação de que não deixamos Deus falar porque temos medo do que vamos ouvir. Achamos que vai nos ordenar coisas radicais demais, ou nos criticar duramente por nossos erros. Mas, sabe? Ele não é assim! A pedagogia dEle conosco nem pode ser explicada porque é exclusiva. A cada um Ele trata de forma única, exatamente por conhecer muito bem todos nós e saber das nossas necessidades. Como dizia Santo Agostinho, “Deus é o íntimo mais íntimo de mim”, então eu não preciso temer sua presença, sua voz, sua orientação. 
        É linda a verdade de que Deus fala conosco de tantas formas! Na nossa intuição, por meio das pessoas que nos amam, por meio de uma leitura, de um encontro inesperado, de uma novidade, de uma mudança de rumo... Sua voz é sutil, requer atenção e silêncio. Sempre. 
        Como Samuel, eu quero me apresentar diante do Senhor e pedir que Ele fale. Simplesmente porque sei que eu preciso escutar Sua voz... E você? “Tamu” junto!

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